Quantas chances de viver loucuras memoráveis a gente desperdiça com essa mania besta de pensar demais?!

Prefiro correr riscos do que me arrepender de não ter feito nada!


Abraça o que te faz sorrir!

quarta-feira, 25 de abril de 2012

A culpa não é do tempo.

Mas às vezes a gente olha pra trás e percebe o quanto a nossa vida parada mudou, e o quanto pequenos gestos e manias foram sendo esquecidas com o tempo. Não culpo o tempo por correr, é apenas a sua função… Ou sendo mais sincera, tento não culpar. O tempo não leva nada, se você for pensar. Dizer que o tempo afastou você de fulano é só a desculpa mais aceitável que você encontrou, quando sabe que na verdade houveram mil e outros motivos. Culpar o tempo é uma necessidade, uma forma de preservar a sanidade, porque nós precisamos culpar alguém. Precisamos sentir o peito destravado e a garganta livre, necessitamos sorrir e parecermos superiores ao dizermos: “Tudo bem, todo mundo erra.” Porque perdoar é nobre, mas errar é quase inaceitável. A culpa não é do tempo que sejamos tão mutáveis. A culpa não é do tempo que cansemos das coisas, e que elas percam a graça. A culpa não é do tempo que as quedas e tombos nos deixem tão confusos às vezes, traumatizados sempre, frágeis ou frios como resultado. A culpa é nossa! Aceitem isso. Não digo que a vida não tenha suas ironias; a vida é uma grande ironia. Mas isso devido as circunstâncias atuais; quem sabe devamos culpar Adão e Eva, mas não o tempo. Somos nós que calamos ou falamos, que sorrimos, pensamos, choramos, amamos. Somos nós que desperdiçamos o tempo, que aproveitamos, que deixamos passar. Somos nós que criamos a saudade, que nos afastamos de todos esperando uma ligação, e nos aproximamos por pura conveniência. O tempo nos constrói, nos ajuda, nos revigora, mas só metaforicamente. O tempo não tem culpa de nada, nem é responsável por nenhuma cicatriz. A gente é que cai e que erra, que aprende e que coloca em prática. Enfim. A culpa não é do tempo. Queria apenas deixar isso claro, queria apenas escrever isso e tentar assimilar porque eu mesma ainda não consegui uma justificativa viável na minha cabeça conturbada para todas as mudanças. Se eu fizer força, consigo! Mas é claro que é sempre mais fácil culpar algo abstrato, do que enfrentar a realidade e carregá-la nos ombros. Culpar o tempo de vez em quando faz ótimas letras de música e poemas emocionantes, mas quando vira rotina é perigoso. Uma ilusão dura apenas tempo suficiente para a nossa queda estar esquematizada, e sempre acaba com um coração machucado, e uma verdade latejante na mente. Ah, e claro, a culpa alojada nos ombros.

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