Quantas chances de viver loucuras memoráveis a gente desperdiça com essa mania besta de pensar demais?!

Prefiro correr riscos do que me arrepender de não ter feito nada!


Abraça o que te faz sorrir!

domingo, 21 de dezembro de 2014

Porque a gente combinou que não era amor.


Combinamos que não era amor. Escapou ali um abraço no meio do escuro. Mas aquilo ali foi sono, não sei o que foi aquilo. Foi a inércia do amor que está no ar mas não necessariamente dentro de nós. A gente foi ao cinema, coisa que namorados fazem. Mas amigos fazem também, não? Somos amigos. Escapou ali um beijo na orelha e uma mão que quis esquentar a outra. Mas a gente correu pra fazer piadinha sexual disso, como sempre. Aí teve aquela cena também. De quando eu fui te dar tchau e você olhou do elevador e me perguntou: não to esquecendo nada? E eu quis gritar: tá, tá esquecendo de mim. E você depois perguntou de novo: não tem nada meu aí? E eu quis gritar: tem, tem eu! Mas não falei, ignorei como me acostumei a fazer. Porque a gente combinou que não era amor. Melhor assim. Muito melhor assim. Tô super bem com tudo isso. Nossa, nunca estive melhor. Mas não faz isso. Não me olha assim com essa cara de ''bobo carente'', não me pede carinho. Não faz o mundo inteiro brilhar e depois escurecer... Não faz o mundo inteiro ficar pequeno. Não transforma assim o mundo em um lugar mais fácil e melhor de se viver. Combinamos que não era amor e realmente não é. Mas esse algo que é, é realmente muito bom. Porque quando você está aqui, ou até mesmo na sua ausência, o resto todo vira uma grande comédia. E aquele cara mais novo, e aquele outro mais velho, e aquele outro que escreve, e aquele outro que se acha, e aquele outro divertido, e aquele outro da festa, e aquele outro amigo daquele outro. E todos aqueles outros viram formiguinhas de nariz vermelho. E eu tenho vontade de ligar pra todos eles e falar: Putz, cara, e você acha mesmo que eu gostei de você? Coitado. Adoro como o mundo fica coitado, fica quase, fica de mentira, quando não é você. Porque esses coitados todos só serviram pra me lembrar que o sentimento é singular, e a primeira pessoa é você!

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